Anti-marketing? Comigo não morreu!
Você sabe o que é anti-marketing? Confira exemplos de construção e manutenção de marca que não deram – ou não tem dado – certo.
Todo cuidado é pouco? Quando o assunto é marketing sim, pois o inimigo mora mesmo ao lado. Não importa a tradição da marca ou o tamanho da ação, os erros de marketing vêm se tornando cada vez mais comuns, seja nas telinhas da TV ou nos veículos de comunicação impressos. Infelizmente, não é?
O mais inacreditável é que algumas marcas já nascem errando e com princípios altamente ousados, desafiadores demais. Como será que se mantêm? Como conseguem investidores para serem criadas e divulgadas em (caríssimos) espaços publicitários? Mais do que isso, mantidas.
Venho acompanhando a marca de chinelos (ou sandálias) Opanka, que pelas minhas contas foi criada este ano (na verdade, reposicionada), e não consigo enxergar conquistas – falando apenas de marketing, ok? Seus produtos nada mais são do que uma imitação das Havaianas com outras marcas, e suas ações publicitárias remetem a todo momento a campanhas já transmitidas – e, pior, até falhas.
Por isso, para não copiar, arriscar e errar, vale a pena seguir à risca um bom planejamento de ações, que preveem também prováveis deslizes e gerenciamento de crise para um possível novo posicionamento da marca.
Lendo a matéria do Mundo do Marketing, lembrei que a aviação civil brasileira, por exemplo, possui três cases de anti-marketing que podem ajudar as companhias de hoje a não cometerem os mesmos erros. Vasp, Transbrasil e Varig são marcas fortes que sucumbiram ao mercado contemporâneo devido a falhas de administração e de estratégia.
A única que ainda expõe sua marca no mercado, a Varig, sobrevive sob o nome da Gol e ainda desfruta de prestígio por sua trajetória. Esta última nada mais é que um bom exemplo de reposicionamento e reciclagem das estratégias de marketing. E vem dando bem certo…
A questão é que tanto o marketing – quando benfeito – quanto o anti-marketing chegam sempre a um mesmo denominador: o dinheiro. E quando o assunto é o bolso, empresários e investidores refletem mais. Mas, e o timing?
Então, para não ser tarde, o melhor é inovar, sim, mas com os pés próximos ao chão, pois a construção da reputação de uma marca é muito importante para o gerenciamento e crescimento real das corporações; é a marca que reforça a credibilidade e a confiança de todo e qualquer tipo de empresa.
Por Debora Russo Araujo.
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Fonte: Coletivo Mídia Boom