Prepare seu exército para a guerra social
Pesquisa do Instituto Brasileiro de Inteligência de Mercado (Ibramerc) aponta que apenas 7% dos empresários brasileiros consideram a atuação em redes sociais como indispensável. Postura que pode ser considerada perigosa, segundo o consultor em mídias sociais Luciano Palma.
“Quem não estiver pronto para lidar com o ambiente das redes sociais vai se dar muito mal”, enfatiza o especialista.
Segundo Palma, cada vez mais os consumidores ganham voz nas mídias sociais. Com isso, queixas e reclamações podem virar facilmente uma campanha contra as marcas.
E neste caso, ressalta Palma, a melhor estratégia nem sempre é o ataque, mas a preparação:
“As empresas têm que formar seus exércitos de simpatizantes, que vão defendê-la de bombardeios em mídias sociais”.
Palma prepara atualmente um livro que deve ser lançado no início do ano que vem, falando sobre os três pilares das mídias sociais – comunicação externa, comunidades e redes sociais internas.
Leia, na entrevista abaixo, como reconhecer e lidar com ataques nas mídias sociais.
Agora, pega alguém que você não aguenta. Os termos que você usa são outros. Você chega e fala: “pô cara, vai escovar esses dentes”.
Nas redes sociais é a mesma coisa. A chance de você encontrar um palavrão também é muito grande no desabafo. Hoje, no twitter, muita gente começa os desabafos com um “#porra produto”.
No caso do retorno ruim, é mais fácil. Se você simplesmente responder e retornar ao cliente, você o cativa. Ele diz: “espera aí, eu gosto dessa marca, e o que eu não gosto ela muda”.
Agora, em casos de ataque, é preciso ter uma estratégia de defesa, porque alguém está mal intencionado e disposto a fazer o mal contra a marca.
Hoje, as empresas precisam criar estratégias em mídias sociais para criar as defesas antes do ataque. É o mesmo que país que tem um exército. É preciso formar uma comunidade de simpatizantes de uma marca ou de uma empresa.
É um trabalho que precisa ser feito para que a comunidade divulgue as suas boas informações em tempos de paz e, em tempos de ataque, já esteja pronta para responder. Tem que prever que vai acontecer. Todo mundo pode ser atacado, Jesus Cristo foi. E se não estiver preparado você vai apanhar muito. Se você fizer um bom trabalho a defesa vai ser espontânea.
Um exemplo é a época eleitoral. O pessoal que distribui santinho hoje é muito diferente de quem fazia boca de urna na década de 1980. Se você pergunta pra quem deu santinho na última eleição porque deve votar no candidato, ele não vai saber responder.
É assim com o comentário pago. Ele está alugando o nome, assim como o distribuidor de santinho tá alugando o corpo. Se você fez o trabalho anterior, o usuário vai te defender. Isso se consegue com bom atendimento, bom produto, estímulo maior.
Hoje, se você reclamar de una empresa em inglês no Twitter, você tem uma resposta rápida. No Brasil ainda estamos muito numa fase de poder e controle. É como se a empresa definisse como o consumidor tem que se comportar, o que tem que aceitar, e que não pode reclamar. As empresas ficam numa zona de conforto muito grande.
O consumidor também tem que ser mais exigente, mas no Brasil, ele é taxado de chato.
Só que com as mídias sociais, essa voz do chato pode acaba sendo repetida em grande volume. O que acontece é ter um monte de consumidores se queixando em coro, e esse coro uma hora vai ser mais alto que a voz da empresa.
Isso vai obrigar as companhias a repensar sua postura.
“Quem não estiver pronto para lidar com o ambiente das redes sociais vai se dar muito mal”, enfatiza o especialista.
Segundo Palma, cada vez mais os consumidores ganham voz nas mídias sociais. Com isso, queixas e reclamações podem virar facilmente uma campanha contra as marcas.
E neste caso, ressalta Palma, a melhor estratégia nem sempre é o ataque, mas a preparação:
“As empresas têm que formar seus exércitos de simpatizantes, que vão defendê-la de bombardeios em mídias sociais”.
Palma prepara atualmente um livro que deve ser lançado no início do ano que vem, falando sobre os três pilares das mídias sociais – comunicação externa, comunidades e redes sociais internas.
Leia, na entrevista abaixo, como reconhecer e lidar com ataques nas mídias sociais.
Fonte: Blog do Comércio Eletrônico